Você vive ou sobrevive?

Itamar Assumpção - Dor elegante.

Cassia Eller - As coisas tão mais lindas (ao vivo)

Colore seu mundo.

Dê o Primeiro Passo.

Comece por você.

Por onde anda o brilho dos meus olhos? :: Maria Isabel Carapinha ::

Por onde anda o brilho dos meus olhos?

Acordo cedo e como de praxe olho no espelho escovando os dentes, penteando-me ou até mesmo me maquiando, mas quem diz que me vejo no espelho? Quem já não se viu em uma situação assim?
Ligar o piloto automático para o dia começar é a coisa mais comum nos dias de hoje. Temos, sim, milhares de coisas a fazer e metas a cumprir e, quando nos damos conta, o dia já terminou e ainda temos coisas por fazer...
De repente, depois de meses, um dia nos olhamos e, então, o que vemos do outro lado? Um ser que não mais parece ser você! Que cabelo é esse? Que olheiras? Acho que até mesmo você se sente envelhecida, quem sabe? Mas o pior está em descobrir que você perdeu o brilho em seu olhar...
Os olhos são espelhos da alma, eles refletem o que você sente. Você pode disfarçar da maneira que desejar o seu semblante, e até mesmo a forma de agir ou se vestir, mas, na ausência de brilho em seu olhar, sua tristeza se reflete.
Por vezes, inúmeros são os fatos que nos levam à perda de brilho em nosso olhar; perdemos, na sequência, a motivação pela vida e depois a vida parece adquirir um tom cinza.
Se você hoje descobriu que seus olhos deixaram de brilhar, é o momento exato de desejar uma mudança em sua vida. Por incrível que possa parecer, esta mudança precisa ser feita de maneira energética. Somente depois da correta identificação de todos os momentos que foram responsáveis pela perda do brilho de seu olhar e a transmutação energética com o auxílio da Mesa Radiônica, é que podemos modificar o seu padrão vibracional e, a seguir, uma nova vida se desponta no horizonte para você.
A correta identificação de datas em que bloqueios foram gerados é de suma importância, pois somente assim fatos repetidos deixam de acontecer em sua vida. O Radiestesista, que se propõe a tal atividade, deve ter pelo menos 15 anos de prática na Radiestesia para a exata identificação.
Este é um trabalho muito sério que requer muito estudo e dedicação de vida, além de muita prática.
Quem muda seu padrão vibracional é capaz de obter tudo que deseja.
Você só poderá se sentir importante na vida de alguém, se realmente fizer a diferença na vida desta pessoa, e a diferença será feita pelo número de momentos que vocês viverem juntos. Como será possível fazer esta diferença, se você perdeu o brilho em seu olhar?
Para que você se sinta feliz, não é necessário que tome medidas radicais do tipo: "tenho que sair deste emprego já", ou até mesmo: "tenho que me separar já!" Decisões tomadas quando estamos fora de equilíbrio serão, com certeza, decisões erradas. É necessário, portanto, que primeiro você se trate e depois, então, terá o discernimento absoluto para saber o que a incomodava de fato.
Cada ser humano reflete uma beleza incrível; se você recuperar o brilho em seu olhar, despertará o horizonte para o novo e passará a viver a verdadeira sincronicidade!
Se hoje você perdeu o brilho em seu olhar porque sente que ninguém a ama, tenha absoluta certeza que algum bloqueio de rejeição faz com que ninguém se aproxime de você, pois você tem um enorme medo de ser rejeitada. A eliminação deste bloqueio pela Mesa Radiônica fará com que você entre em sintonia com outros padrões vibracionais para atrair, a seguir, situações diferentes para sua vida. Quando aprendemos a admirar a diferença do outro, aprendemos a nos amar de maneira mais intensa e sem necessidade de rejeição.
Tem uma frase muito conhecida que diz: preciso de serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para conhecer a diferença.
Então, que tal trazer de volta o brilho em seu olhar?
Tenho uma amiga que um dia descobriu que seu casamento não fazia mais sentido depois de seis meses de casada; veio conversar comigo em um desabafo de raiva, que logo percebi serem sentimentos reprimidos.
Sugeri a ela que fosse até meu consultório, pois o ideal seria fazermos uma Mesa Radiônica para verificar o que de fato havia por trás de tal sentimento de raiva. Identifiquei um bloqueio em sua infância, quando ela tinha três anos. Perguntei o que havia acontecido e ela me disse que havia tido pneumonia muito séria e ficara afastada de escola por alguns meses, e quando voltou não se identificava com nenhum grupo de amigas, parecia que todos já se conheciam há muito tempo. Daquele dia em diante, passou a ser uma pessoa extremamente reservada em seus sentimentos e não se permitia gostar de ninguém com intensidade e profundidade. Eliminei tal bloqueio e pedi que ela esperasse 21 dias antes de tomar qualquer decisão.
Passados os dias, ela me procurou dizendo que estava vendo o marido de uma forma diferente, que ele era, de fato, uma pessoa incrível e eu, então, disse a ela: está vendo, nada se modificou, somente você, que era quem precisava ser modificada.

Acredite, Você pode vencer!

Tudo depende de você não desistir dos seus sonhos!

É preciso saber viver - Titãs

[Friedrich Nietzsche]

 

 

" Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!" [Friedrich Nietzsche]

Viver com paixão :: Elisabeth Cavalcante ::

Viver com paixão

O estado de paixão é familiar ao ser humano. Dificilmente encontraremos alguém que nunca tenha experimentado a sensação de euforia, êxtase, encantamento e motivação que o amor proporciona.
A vida ganha cores especiais, tudo ao nosso redor se torna novo e reluzente como se tivéssemos acabado de nascer. Sim, porque é exatamente nesta condição que chegamos ao mundo.
Não é muito difícil constatar isso. Basta observamos uma criança bem nutrida não apenas fisicamente, mas também afetivamente. Ela manifesta uma capacidade de maravilhar-se a cada instante, com todo e qualquer estímulo que lhe apresentemos.
Manter essa condição, no entanto, vai se tornando uma tarefa difícil, pois somos reprimidos o tempo todo na manifestação de nossa autenticidade. As reações espontâneas e entusiasmadas são vistas como de mau gosto, incivilizadas, e são, por essa razão, tolhidas por nossos pais e pela sociedade.
Só conseguimos recuperá-la no momento em que nos apaixonamos. Pois quando o coração vibra, redescobrirmos uma sensação maravilhosa que havia sido totalmente esquecida.
Mas a paixão pode e deve ser vivenciada não apenas no sentido romântico. A energia da vida pulsa em nós até o último instante, mas muitos infelizmente parecem ter se esquecido completamente disto.
Entusiasmo e uma disposição permanente, para desfrutar de todas as experiências gratificantes que a existência nos proporciona, são os motores que alimentam a capacidade de extasiar-se.
Resgatar estes sentimentos é possível desde que nos reconectemos com o divino que habita em nós. Ele é uma força intensa e poderosa, que nos permite resgatar este dom esquecido, o de viver num permanente estado de paixão pela vida.
"Se você reprime sua paixão, você se tornará frio - é assim que toda a humanidade se tornou fria. Porque a paixão foi reprimida em todos.
Desde a infância sua paixão foi muito reprimida, aleijada. Sempre que você começou a se tornar apaixonado, houve alguém - sua mãe, seu pai, seu professor, a polícia - havia alguém que imediatamente começou a suspeitar de você. Sua paixão foi controlada, reprimida: "Não faça isso!" Imediatamente você se encolheu dentro de si mesmo.
E, aos poucos, aprende-se que, para sobreviver, é melhor ouvir as pessoas que estão ao seu redor, é mais seguro. Então, o que fazer? O que uma criança deve fazer quando ela se sente apaixonada, quando ela se sente cheia de energia, e quer pular e correr e dançar... e seu pai está lendo o jornal? É lixo, mas ele está lendo o jornal, e ele é um homem muito importante, ele é o dono da casa. O que fazer?
A criança está fazendo algo realmente grande - Dentro é Deus que está pronto para dançar - mas o pai está lendo seu jornal e tem que haver silêncio. Ela não pode dançar, não pode correr, não pode gritar. Ela vai reprimir sua energia, ela vai tentar ser fria, recolhida, controlada.
Controle tornou-se tal valor supremo. Não é um valor.
Uma pessoa controlada é uma pessoa morta, uma pessoa controlada não é necessariamente uma pessoa disciplinada. Disciplina é totalmente diferente. Disciplina vem da consciência, o controle vem do medo.
As pessoas que estão ao seu redor são mais poderosas do que você, elas podem puni-lo, elas podem destruí-lo. Elas têm todo o poder de controlar, para corromper, para reprimir. E a criança tem que se tornar diplomática.
Quando a energia sexual surge, a criança está em uma dificuldade. A sociedade está contra ela, a sociedade diz que tem que ser canalizado. E isso está fluindo em todo o filho. Ele tem que ser cortado.
Nas escolas, o que estamos fazendo? Na verdade, as escolas não são tanto instrumentos para transmitir o conhecimento como instrumentos de controle. Para seis, sete horas uma criança está sentado lá. Esta é para conter sua dança, para conter o seu canto, para conter sua alegria, isso é para controlá-lo.
Sentar-se por seis, sete horas todos os dias em uma atmosfera quase como a de uma prisão, amortece a energia, a criança torna-se reprimida, congelada. Agora não há transmissão, a energia não vem, ela vive no mínimo - que é o que chamamos de controle. Ela nunca vai para o máximo.
Os psicólogos são procurados e eles têm reconhecido um grande fator na desgraça humana - que normalmente as pessoas vivem apenas dez por cento. Elas vivem dez por cento, respiram dez por cento, amam dez por cento, desfrutam dez por cento - noventa por cento de sua vida simplesmente não é permitida. Isso é puro desperdício. A pessoa deve viver cem por cento da sua capacidade, só então o florescimento é possível".

Osho - Dang Dang Doko Dang

Ame.

Caetano Veloso, Maria Gadú - Nosso Estranho Amor.

=Ensaio sobre a lágrima por Tom Coelho - tomcoelho@tomcoelho.com.br

Ensaio sobre a lágrima

"Chora, Tistu, chora. É preciso.
As pessoas grandes não querem chorar, e fazem mal,
porque as lágrimas gelam dentro delas, e o coração fica duro".
(Maurice Druon, em "O menino do dedo verde")

Sempre apreciei a expressão "olhos marejados". É, para mim, de uma beleza plástica incrível. Os olhos, as "janelas da alma". E o mar, com seu ir e vir das ondas.
Olhos marejados são assim. Lágrimas que pensam em deixar o conforto dos olhos, mas que se retraem como quem diz: "Ainda não é hora" ou, então: "Ainda não posso me desnudar".
A lágrima revela tudo. Insólita por natureza, carrega consigo dor, tristeza, alegria, emoção. A lágrima marejada contém-se em si mesma. Ela é suficiente para cobrir toda a superfície ocular. Faz os olhos brilharem, refletindo a transparência da alma.
Hospitais são locais onde se tratam pessoas doentes. Construções de paredes sólidas e áridas, brancas e gélidas. Uma arquitetura onde o calor naturalmente se dissipa e onde as vozes ecoam assustadoramente - assim como as rodas e rodízios das cadeiras e macas que perambulam pelos corredores.
Acho que um dia algum publicitário passou por um hospital e percebeu que ali faltava algo. Resolveu, então, colorir as paredes das alas de pediatria, instalar uma capela no térreo e criar um banco de sangue. Tudo isso para humanizar aquele ambiente - porque o que lhe faltava era vida.
Ao contrário do que se faz supor, hospitais, e aqui excluo as maternidades, são moradas não da saúde, mas da doença. A saúde reside no sorriso maroto de uma criança, nas árvores que florescem na primavera, na conjunção erótica dos amantes. Nos hospitais, habitados pela doença, a morte espreita, vagando livremente, rindo-se com sarcasmo do sofrimento de internos e familiares.
Os profissionais - médicos, enfermeiros e assistentes - aprendem a ser heróis sem coração. Heróis porque lutam contra a engenhosidade ardilosa da doença que busca refúgio nos recônditos da complexidade do corpo humano, procurando dificultar o trabalho de sua descoberta. É um jogo de caça, de esconde-esconde, no qual o bem luta para triunfar enquanto o mal, uma vez instalado, dá-se por vitorioso desde o início, nada tendo a perder.
Entretanto, por atuarem numa batalha tão desigual, muitas vezes patrocinada pelo despreparo, pela desqualificação ou pela desestrutura, estes heróis aprendem a dominar suas emoções. Afinal, são tantos dias, dias após dias, horas e mais horas, enfrentando as adversidades, testemunhando a amargura velada ou silenciosa de seus pacientes, acompanhando o desespero e, por vezes, o destempero de familiares - que transitam com suas faces avermelhadas e seus óculos escuros, e não em decorrência do esplendor do sol -, que tudo aquilo se torna rotineiro. Cena do cotidiano.
Quando seu time de futebol vence uma partida, você fica feliz. Até esfuziante. Cada gol é comemorado como se fosse único. Mas se a equipe se torna imbatível, as conquistas perdem o sabor, porque se tornam previsíveis. A felicidade vira alegria. A alegria vira desdém. Assim ocorre com a maioria dos médicos. A sensibilidade se esvai, por hábito e por dever de ofício. E eu os respeito por isso, porque seria incapaz de fazê-lo. Por esse motivo tomei como profissão a mente, e não o corpo das pessoas. Fiz de um lápis, uma caneta ou um teclado meu próprio bisturi.
Em uma manhã fria e cinzenta de novembro, de um distante, mas sempre próximo ano de 2004, minha mãe nos deixou. Cinco anos depois, foi a vez de meu pai. No combate à doença, em ambos os casos, não nos faltou empenho, não nos faltou solidariedade, não nos faltou fé. Só nos falta a presença física deles.
Os olhos já não estão mais marejados, porque as lágrimas decidiram que era hora de se despir e ganhar o mundo. Tomaram formatos e feições diversas, algumas discretas como o orvalho da manhã, outras intermitentes como garoa paulistana.
Por coincidência ou não, os céus, em sintonia, harmonia e deferência, também derramaram suas lágrimas, por meio da chuva, anunciando a purificação, a renovação e a mensagem de que a vida segue.

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