Para onde você voltaria hoje???

Foto: Pode ser.

Equilíbre-se.

Aprendi a ser feliz.

 

 

Nunca é tarde para aprender…

Ao amor... por Nelson Sganzerla

Ao amor...

Confesso!
Já sofri por amor, já chorei por amor e já perdi o sono por amor.
Quem já não passou por isso que atire a primeira pedra.
Não há vergonha nenhuma em admitir isso, pelo contrário, isso nos fortalece e nos dá coragem para seguir em frente; saber que por mais que doa, por mais que maltrate, por mais que a nossa autoestima esteja baixa, é muito difícil morrer de amor; ao contrário, de amor se sobrevive e se fortalece.
Atualmente o que vemos são pessoas que nessa contrapartida assumem uma postura de indiferença em relação a esse profundo sentimento.
Pessoas que com a frieza de um peixe morto não admitem terem sofrido desse sentimento. Nunca vivido noites em claro pela perda do ser amado. Desculpem-me, mas creio que pessoas assim são as que mais sofrem desse sentimento.
Não dá para fugir do amor, por mais que se tente, por mais que se lute contra. Somos feitos para amar, se não ao próximo, à nossa vida, à natureza dessa nossa vida, o que nos cerca, o que nos desperta o que nos é essencial nesse Planeta Terra.
Impossível existir alguém que não sinta e não passe por esse mais nobre sentimento. Ocorre que atualmente nesse mundo globalizado e repleto de informações, não atinamos o que está ocorrendo ao nosso redor, sempre procuramos dar atenção à vida do outro, ao que o outro faz e pensa, ao que o outro representa em relação aos nossos valores de vida. Então, o romantismo fica renegado, o amor torna-se piegas e meio que fora de moda; dizer que se ama é abrir a alma e se achar desprotegido em relação ao outro, o que não é verdade.
Pois digo: tudo o que existe nesse planeta é impulsionado pelo amor, tudo que se diz ou que se faz é impulsionado por nobre sentimento, mas tão esquecido. Os atos egoístas, as agressões infrutíferas dos amantes desesperados, os ressentimentos das pessoas separadas, a indignação pela felicidade do outro, a indiferença de quem ama perdidamente e não aceita o fato, a nossa carência incessante, nosso modo de vida, nossas escolhas, valores e estilo de vida, tudo é impulsionando pelo amor.
Se obtivemos sucesso na vida, foi por amor, se vencemos uma situação difícil que nos derrubou, foi por amor, se acordamos dispostos para a batalha da vida, é por amor, se suamos de sol a sol em nosso dia a dia é por amor. Nada existe sem amor, acredite nisso.
Se o seu ego é por demais inflado e não consegue trabalhar isso por ser difícil admitir um fracasso, é por amor que você age assim, se você se torna egoísta na vida, a ponto de não enxergar um palmo além do seu nariz, é por amor que faz isso. Amor não é só o fato de sentir-se bem tendo a pessoa amada ao seu lado, poucos, mas muito poucos conseguem. Amor é querer o que não se tem, mas saber que merece; é lutar pela felicidade do outro em detrimento da sua própria; é sentir saudades daquilo que não mais se tem, é assumir que errou também por amor.
Amor é sonhar, é querer realizar, querer estar onde não mais se está, mas que já se esteve, é arrepender-se e se fortalecer todo santo dia. É jogar uma água no rosto, olhar-se no espelho e seguir em frente, amando o que já se teve e procurando amar o que se terá...
Pense nisso...

Escolha o seu também! Clarice Lispector.

O que é Liberdade? por Gisela Luiza Campiglia

O que é Liberdade?

Falar sobre a liberdade é um dos temas mais fascinantes da psicologia. Usamos muito essa palavra, mas temos dificuldade em conceituá-la. Agir sem impor limites à nossa vontade? O fato é que nosso universo interior valoriza outras questões além dos nossos desejos.
Todas as pessoas do mundo afirmam que querem ser livres, mas pouca gente sabe dizer o que quer fazer com a liberdade.
Muitas vezes nossos desejos são de natureza destrutiva, em oposição ao nosso conjunto de valores éticos. Caso alguém me trapaceie, posso até desejar matá-lo. Mas, se eu o fizer, além de transgredir a lei, estarei desrespeitando meu sistema de crenças morais. Assim, experimentando uma dor íntima desagradável até o fim dos meus dias, a culpa.
Os animais em geral não sentem culpa, apenas medo e desejo. O ser humano não, ele tem um cérebro sofisticado que "fabrica" conceitos e padrões de comportamento que precisam ser respeitados. Em muitos casos, essas normas estão em oposição às nossas vontades.
Como agir? Respeitando a vontade ou o padrão? Acredito que devemos seguir nossos pontos de vista e nossas convicções. Agir sempre em concordância com a vontade é sinal de imaturidade, mostra dificuldade em suportar frustrações e contrariedades. No caso da nossa vontade estar em conformidade com a nossa razão, ela não provocar nenhuma reação negativa, é lógico que devemos tentar realizá-la.

Não se trata de desprezar nossos desejos, se estou com boa saúde, posso comer doces. Se eu for diabético, preciso ter a capacidade de abrir mão deles. Não faz sentido considerar mais livres as pessoas que não ligam para si mesmas e para os outros. Em realidade, elas são mais irresponsáveis, e até autodestrutivas. Se alguém sabe que o álcool lhe faz mal e continua bebendo, ele não é mais livre, ele é alguém mais fraco.
Nos séculos passados, o ser humano vivia por normas exageradamente rígidas e alguns psicólogos acabaram concluindo que a verdadeira liberdade consistia em jogar fora essa camisa-de-força, guiando-nos a partir de nossos desejos. A ideia é tentadora, mas na prática é inviável. A vida em grupo exige o cuidado com o outro, e atenção às normas sociais. O amor e a solidariedade que sentimos naturalmente dentro de nós pedem isso. Não posso magoar as pessoas que amo sem sofrer. Nesse caso, antes de satisfazer a vontade, tenho de refletir muito, avaliando e pensando nas consequências.
Liberdade é a sensação íntima de prazer que flui da coerência entre o que penso e a forma como atuo. Sou livre quando sou capaz de agir de modo coerente com o que penso. Algumas vezes respeito a vontade; outras, as normas morais. Em cada situação, uma avaliação, tomando decisões válidas para aquele momento. Sei dizer "sim", e sei dizer "não". Aceitar certos limites para as nossas vontades é sinal de maturidade, não de renúncia e conformismo. É sinal de força, não de fraqueza.
Só é livre quem controla a si mesmo!

Respeite a diferença!

Foto

Renove-se.

O que você quer ser quando crescer?

Perdão... por Affonso Celso Gonçalves Jr.

Perdão...

O que é perdoar? Devemos perdoar? E sermos perdoados? O perdão tem que ser dado por palavras ou atitudes? Quando alguém nos magoa, trata-nos de forma injusta ou até mesmo nos deseja mal, será que somos capazes de perdoar esta pessoa? Será que devemos perdoar?
Lógico que o perdão tem que vir de nosso coração e não simplesmente de nossas palavras, porém, o mais importante não é se seremos capazes ou não de perdoar alguém e, sim, a primeira questão a ser levantada é: será que a pessoa que o magoou quer ser perdoada? E mais, será que ela terá humildade de lhe pedir perdão?
A chave do ato de ser perdoado está na humildade da ação de pedir perdão. Esta atitude certamente fará com que o ciclo malévolo de atos muitas vezes impensados se rompa e uma nova energia dê origem a um novo ciclo carnal entre os envolvidos, sendo esta a chance de crescimento para ambos.
Cabe ressaltar que toda esta reflexão sobre o perdão é pessoal e retrata minha maneira de ver o desenvolvimento humano na atualidade. Parto do pressuposto que ninguém é dono da verdade e, assim sendo, por que devemos nos achar no direito de perdoar e sermos perdoados?
Acredito que todos nós buscamos um caminho suave de resignação, aprendizagem e progresso espiritual e intelectual, porém, nem sempre temos a receptividade de todos e assim, muitas vezes, nosso perdão é manifestado de diferentes maneiras e uma delas é o esquecimento total daquilo ou daqueles que nos fizeram mal.
Assim, seguimos em frente, com a mente e o coração limpos de qualquer pensamento negativo em relação a quem nos magoou e isso não deixa de ser uma forma singular de termos dado nosso perdão, mas devemos ter o direito de nos afastar de tudo aquilo que diminua nossa faixa vibratória e nos traga lembranças amargas.
O sábio Chico Xavier disse que "embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" e a interpretação desta bela reflexão pode ser dada de diferentes maneiras; uma delas é que podemos limpar nossa alma de mágoas desnecessárias e seguirmos em frente nosso caminho sem que necessariamente tenhamos de conviver com pessoas que se afastaram do nosso convívio, porém, isso não significa que não tenhamos perdoado e esquecido tudo que passou.
A cada dia que passa, tento renovar minhas atitudes com todos aqueles que cruzaram meu caminho nesta encarnação e, assim, estou depurando minha alma com a resignação de quem tenta corrigir falhas e superar mágoas que por ventura tenha causado a outrem.
Conheço muito bem os homens, para ignorar que muitas vezes o ofendido perdoa, mas o ofensor não perdoa jamais... Jean-Jacques Rousseau

Decisões de Ano Novo por Mirtes Carneiro

Decisões de Ano Novo

Um novo ano se anuncia. É tempo de novas decisões, novos planos, novas expectativas.
Prenuncia-se um desejo íntimo de transformação exterior e interior.
Dentro de cada um de nós existe o germe do amor, um potencial que mesmo latente nos chama ao nosso destino de compreensão, compaixão, sabedoria.
O combustível de nossa alma é o amor, e não é à toa que nesta época de Natal este sentimento aflora em cada coração e isto se espalha formando uma grande corrente do bem, do afeto, da harmonia, do compartilhar alegrias, risadas, bons momentos.
Bem podemos perceber que não somos seres completos e, assim, buscamos nos completar, através de planos, metas, empreendimentos, desejos. E uma boa forma de continuarmos nossa jornada é irmos em busca daquilo que nos falta.
É claro que nossas decisões de ano novo vão em direção ao que há de melhor em nós e na vida. O conforto exterior é uma mera expressão do conforto interior, e não o contrário. Expressamos aqui fora o que temos lá dentro.
Infelizmente, vivemos em uma época de valores invertidos, onde buscamos criar aqui fora o conforto que queremos ter dentro de nós. Cresce assim a busca pelo prazer imediato que a maioria acredita poder ser comprada ou adquirida através do dinheiro. Prova disto é a corrida que vimos acontecer na busca do povo brasileiro pelo ganho de muito dinheiro na Mega Sena da virada.
Parece que o sonho dourado do homem é ganhar muito dinheiro, e isso só pode ser um desejo de prazer. Freud postulou o princípio do prazer, que é este desejo de diminuir a tensão interna que existe dentro de cada um de nós.
Esta tensão é gerada quando nos sentimos egoístas, insensíveis, incompetentes, impotentes, ineficientes, pressionados, preocupados, errados... Enfim, características do humano das quais procuramos nos manter afastados. É bom, sim, que as mantenhamos afastadas, por uma escolha de sermos melhores e fazermos um mundo melhor para se viver.
Mas a melhor forma de lidarmos com isto é a consciência destes sentimentos e estados internos e a escolha de fazer diferente. È importante lidarmos com estes estados de forma adulta, olhando de frente para nossas limitações e nossas deficiências, só assim poderemos transcendê-las.
Mais importante ainda é a nossa conscientização de que esta transformação será possível através do outro que está perto de nós: o nosso próximo.
Não podemos nos esquecer que nosso próximo é um igual, e pode ser o nosso próprio reflexo. Quanto mais pudermos olhar para o outro de forma empática, mais estaremos aptos a nos tornarmos melhores seres, apesar de estarmos em contínua feitura, e de sermos para sempre imperfeitos.
A imperfeição nos aponta a nossa humanidade e isso gera sofrimento. Assim, buscamos alívio para nossa dor em algo ou alguém fora de nós. A conscientização de nossa incompletude é uma forma de aceitarmos os percalços da vida, e a conscientização de que o outro pode nos ajudar a sermos mais completos pode fazer com que criemos um mundo de mais partilha de amor, afeto, ajuda mútua, apoio.
Me vem à mente agora a metáfora do anjo de uma só asa:
"Existe uma história de simplicidade linda, que eu gostaria de contar. Um lenda, um acalanto... Não sei se é verdade... e não me importo com isso.
Não precisa ser... Foi há muito tempo atrás... depois do mundo ser criado e da vida completá-lo. Num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno.
Um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos. Acredita?
Deus estava sentado, calado. Sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente, sem pecado, Deus erguia suas mãos... então, colhia uma ou outra fruta. Saboreava sua criação negra e adocicada.
Fechava os olhos e pensava. Permitia-se um sorriso piedoso. Mantinha seu olhar complacente.
Foi então que das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção.
Já ouviu a voz de um anjo?
É como o canto de mil baleias.
É como o pranto de todas as crianças do mundo.
É como o sussurro da brisa.
Ele tinha asas lindas... brancas, imaculadas.
Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:
'Senhor... visitei sua criação como pediu. Fui a todos os cantos. Estive no sul, no norte, no leste e oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma de suas crianças humanas. E por ter visto vim até o Senhor... para tentar entender.
- Por quê? Por que cada uma das pessoas sobre a Terra tem apenas uma asa?
Nós anjos temos duas... podemos ir até o Amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos com sua única asa não podem voar. Não podem voar com apenas uma asa'.
Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo:
- 'Sim... eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa...'
Intrigado, com a consciência absoluta de seu Senhor o anjo queria entender e perguntou:
- 'Mas por que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para poder-se voar... para poder-se ser livre?'
Conhecedor que era de todas as respostas Deus não teve pressa para falar. Comeu outra jabuticaba, obscura e suave. Então, respondeu:
- 'Eles podem voar, sim, meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês meus arcanjos...
Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas...
Embora livre, sempre estará sozinho.
Talvez da mesma maneira que Eu...
- Mas os humanos... os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém a fim de terem suas duas asas.
Cada um deles tem, na verdade um par de asas... uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par. Assim, eles aprenderão a se respeitarem, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa podem estar acabando com as suas próprias chances de voar.
Assim, meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa... aprenderão que somente permitindo-se amar eles poderão voar.
Tocando a mão de outra pessoa em um abraço correto e afetuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão finalmente voar.
Somente através do amor irão chegar até onde estou, assim como você, meu anjo. E eles nunca, nunca estarão sozinhos quando forem voar'.
Deus silenciou em seu sorriso.
O anjo compreendeu o que não precisava ser dito.
Assim sendo, no fim desse conto, espero que um dia você encontre a sua outra asa. Para finalmente poder voar".
Será esse o grande milagre do Natal, a nossa abertura para o próximo e para a sua ajuda e a nossa disposição em ajudar o outro?
E será que este mesmo estado interno é que nos invade quando fazemos nossas decisões de ano novo?
Parece que sim, mas é pena que isso dure o somente nos meses de Dezembro e Janeiro.
Vamos procurar estender este estado receptivo e amoroso para o resto do ano e, assim, viveremos bem melhor, como em um eterno Natal e eterno Ano Novo.
Feliz Ano Novo, feliz decisão nova!

 
powered by Blogger