Pratique o abraço diário!

Viva, porque a vida não espera!

Existem pessoas perfeitas para nós!

Valorize-se.

Respeitando os Limites por Maria Cristina Tanajura

Respeitando os Limites

Vivemos neste planeta que, na verdade, é uma grande escola, coabitando com pessoas que estão nos mais variados degraus de evolução, embora na maioria, sejamos todos muito necessitados de aprendizado. Poucos chegaram e chegam aqui pra nos ensinar e muitas vezes são muito mal recebidos ou compreendidos.
Jesus foi assassinado, Gandhi, Sócrates e Martin Luther King também. Guardando as devidas proporções também o foram John e Robert Kennedy, fora os que nem chegamos a saber, pois nos foi dito que se suicidaram ou que morreram de doenças. Talvez nem tivesse sido por essas razões que partiram...
Infelizmente, a Sombra tenta apagar a Luz a qualquer preço, mas isto não é possível nem jamais o será. O que é necessário é que se tenha a devida compreensão de que há pessoas com quem a gente convive que não têm ainda a condição de nos entender. Por mais que tentemos isto, é uma questão de nível espiritual. Sempre haverá muitos que estão mais evoluídos que nós e também inúmeros que se encontram menos capazes, ainda, de compreender o que já conseguimos aceitar como verdade. Se não tivermos isto em mente, dificilmente conseguiremos viver em sociedade de uma forma razoavelmente saudável, pois estaremos sendo levados a julgar, a criticar, o que não nos leva a nada de bom ou de construtivo.
O exemplo é o grande mestre! Vivendo de acordo com o que realmente somos, agindo como achamos certo, estaremos mostrando o nosso caminho, sem muitas palavras e sem discussões desnecessárias. Jesus assim o fez e seu exemplo de bondade, de simplicidade, de compreensão para com a ignorância de todos nós, até hoje assinala um caminho verdadeiro de paz e felicidade!
Quando compreendemos que muitos não podem ainda compreender o que talvez já compreendamos, ao invés de críticas, lhes daremos compreensão e compaixão - que é uma bela forma de Amor!
O mundo em que estamos vive um momento muito difícil onde está se processando uma divisão entre níveis evolutivos e não estamos todos reunidos por acaso - este não existe. Tudo acontece com um propósito evolutivo. Tornou-se necessário ter uma grande dose de paciência para continuar caminhando, pois o que está se passando em torno de todos nós chega a ser inacreditável, estarrecedor. Mas está tudo previsto, mesmo assim. Importante é continuar caminhando, procurando se relacionar com os que encontrarmos, da forma mais pacífica possível. Ajudando a quem quiser ser ajudado - se a gente tiver como - e aceitando que muitos ainda não sentem que precisem sequer de ajuda. E aprendendo com quem pode nos ensinar o que necessitamos.
O Livre-Arbítrio é um direito de todo o ser vivo! Inerente à nossa natureza humana. O nosso Pai Criador permite que caiamos quantas vezes sejam necessárias, para nosso próprio aprendizado. Precisamos fazer o mesmo com os que nos cercam. É fácil? Não é não, mas é o certo.
Dizem os irmãos já desencarnados que quando partimos para uma outra dimensão somos atraídos para o plano que merecemos, para aquele com o qual nos afinamos. Aí, sim, deve ser bem mais simples viver! Mas enquanto estamos cursando a escola chamada Terra, precisamos lembrar que a paciência é um requisito indispensável para que possamos bem viver por aqui.
Acredite que estou procurando exercitar tudo que estou escrevendo, para o meu bem e o das pessoas que estão à minha volta. Jamais pensei - nem nos meus piores pesadelos - de assistir ao que estou sendo levada a presenciar. Tempos muito tristes esses nossos, mas lembremos que o Amor de nosso Pai se revela a todo instante especialmente no lindo céu azul que nos envolve. Precisamos olhar a Natureza com mais cuidado e perceberemos que mesmo que os pássaros estejam diminuindo em número, continuam cantando - alegrando todos nós. Que o mar, mesmo sendo invadido diariamente por toneladas de poluição, no mundo todo, continua no seu movimento de ida e vinda, e com suas algas oxigenando a atmosfera, da forma melhor possível. Que mesmo que a chuva seja ácida, como os cientistas declaram, continua a molhar a terra, para que as plantações floresçam. Assim, nós precisamos continuar dando o melhor de nós mesmos, pois o pouquinho que pudermos fazer, certamente melhorará o mundo e talvez alguém que nos olhe enquanto buscamos acertar, também nos siga, fazendo o mesmo, logo adiante.
Que o Sol nasce a cada manhã, não temos como duvidar.
Não podemos desanimar. Precisamos resistir, pois de nada adianta a gente ficar na beira da estrada, justo agora que já estamos perto da implantação de uma nova consciência.
Vamos confiar no Amor e seguir sempre pra frente, pois tudo isto vai passar um dia e queremos ser parte do grande número daqueles que tiveram uma fé maior do que o desânimo!

Quero Ser Feliz Também - Natiruts

Não permita!

O você quer levar?

 

“A escola futurista É aquela que de olho no amanhã Ajusta as falhas do ontem Sem perder o contato com o hoje. “ --Nildo Lage

 

Já viveu hoje??

A capacidade de estar só por Teresa Cristina Pascotto

A capacidade de estar só

 

Quando estou sozinha, aproveito para estar verdadeiramente comigo. Faço um mergulho em mim e fico apenas me observando, para descobrir quem eu realmente Sou. Adoro isso!
Não fico buscando alguém para me fazer companhia porque sei que isso seria apenas uma distração, um faz-de-conta de que estou com alguém, quando na verdade continuo sozinha. E isto não é solidão, mas apenas solitude. Aprendi a conviver comigo há muito tempo, mesmo na infância, adorava brincar sozinha; essa sempre foi uma capacidade natural que minha alma escolheu trazer. Tinha irmãos, mas não me importava se alguém me acompanhasse ou não em minhas aventuras e brincadeiras, pois sempre estava comigo e feliz. Sempre fui minha melhor companhia. Não estou dizendo que não gostava de brincar e estar com os outros e que não aprecio a presença de outras pessoas. Claro que aprecio, mas não dependo de ninguém para ser feliz. Sou feliz comigo mesma.
E é isso que eu procuro transmitir e "ensinar" para todas as pessoas à minha volta. Quando estou com alguma pessoa, procuro manter-me dentro de mim, de forma a que a pessoa não me invada de nenhuma forma - seja despejando sua negatividade, seja "tirando" minha energia para si -, mas tenho sempre a firme intenção, em meu coração, de emanar a melhor energia amorosa e todas as "luzes-informações" de todo o meu aprendizado na minha jornada de alma, para que a pessoa possa, à sua maneira, aprender a mudar suas necessidades internas, ou seja, para que a pessoa possa aprender também a não precisar estar com alguém, ou ser reconhecida e validada por outros, para se sentir alguém, para se sentir inserida no mundo. Eu aprendi a não ter necessidade de ser reconhecida, validada e, principalmente, de ser aceita pelo mundo para me sentir feliz. Minha alma, como todas as almas, não precisa, absolutamente, de nada nem de ninguém para se sentir plena em si mesma.
Se algum dia eu precisei ser aprovada pelo mundo para me sentir incluída e aceita, foi porque meu ego assim queria. Foi somente com um árduo e perseverante trabalho interno que consegui desenvolver essa capacidade de estar sozinha - sem ninguém ao meu lado -, para então desenvolver a capacidade de estar em minha solitude, acompanhada apenas de minha Presença Divina. Hoje, que já vivo feliz dessa maneira, me sinto muito mais no mundo, muito mais interagindo com as pessoas de uma forma verdadeira, do que sentia e vivia no passado. Mas quero deixar claro que não é algo mágico e que ainda continuo me desenvolvendo e me firmando nesse aspecto.
Porém, essa forma verdadeira de me relacionar com as pessoas, em todos os meus relacionamentos, não é uma forma agradável para os outros, pois eles não compreendem essa maneira de se relacionar. Eles querem que eu "seja deles", de qualquer forma, querem interagir da velha maneira, onde um domina o outro, onde um abandona o outro, num jogo sem fim de domínio, disputa de poder, desavenças, de torpor para que não sintam a dor que isso causa.
As relações são sempre baseadas nesses aspectos. Todos precisam "possuir" alguém, de forma explícita ou velada, para se sentirem "seguros". O problema é que quando aprisionamos alguém, tornamo-nos igualmente prisioneiros, pois precisamos estar ali, vigiando nosso refém, pois se nos distrairmos, ele fugirá. A dor é intensa para todos, pois se em um contexto aprisionamos determinada pessoa, inconscientemente, em outro contexto, essa mesma pessoa nos aprisiona igualmente, também inconscientemente. Quando uma pessoa - na fisicalidade - é sequestrada e levada para um cativeiro, ela "sofre menos", pois pelo menos ela sabe porque está sofrendo, sabe que está presa por seu sequestrador. Mas quando a pessoa está presa num cativeiro, em uma realidade paralela, ela sofre as mesmas sensações de aprisionamento e de medo de seu sequestrador, vive aflita, ansiosa e em pânico, mas desconhece a causa de suas aflições, pois tudo está acontecendo num nível tão profundo e tão oculto, que se ela não tomar consciência e não buscar recursos para se libertar, continuará presa "para sempre" e seu quadro psíquico, emocional e espiritual, vão piorar cada vez mais.
Mas essa pessoa não é uma vítima, ela é igualmente responsável por seu sequestro e por ser mantida em seu cativeiro, pois foi por seu sentimento de inferioridade, de injustiça, de não pertencer, de não ser aceita, amada e aprovada, que ela fez de tudo para ser tão desejada, tão "amada" e tão especial e exclusiva na vida de alguém - pois só com essa intensidade, de alguém querendo-a só para si, é que ela se sente amada -, que ela atraiu alguém que fosse tão fissurado e obcecado por ela, a ponto de querer que ela fosse só sua e, por isso, a arrastou para seu cativeiro, para tê-la só para si. A pessoa sequestrada, apesar de todo o sofrimento que isso lhe causa, é tão desamparada e tão solitária em sua vida, que quando sente que alguém a quer possuir, pela energia de envolvimento que o sequestrador emana, ela se sente envolvida por uma energia de falsa proteção e falso amor.
Por sua carência e sua incapacidade de ser feliz consigo mesma e apenas em si mesma, essa pessoa sequestrada se entregou facilmente nas mãos de seu sequestrador, pois, no início, ele aparentou ser seu salvador, por ter vindo resgatá-la do sofrimento da solidão e do sentimento de não pertencer. Assim, o cativeiro se torna um lugar acolhedor e um esconderijo, pois fora dali, a sequestrada se sente vulnerável e não amada.
Todos os seres humanos, em níveis e intensidades diferentes, vivem esse tipo de experiência. Sendo sequestrados e sequestradores. Antes mesmo de descobrirmos onde somos prisioneiros e onde aprisionamos, precisamos perceber as nossas sensações internas. Se sentimos que estamos bloqueados, estagnados demasiadamente e se nos sentirmos presos em algo ou alguém, com certeza isso indicará que estamos em algum - ou alguns - cativeiro(s). E se sentirmos culpa ou uma sensação de grande desconforto quando percebemos o sofrimento e as limitações de alguém muito próximo a nós, isso indicará que estamos aprisionando essa pessoa. Se formos minimamente honestos e capazes de perceber essa realidade dentro de nós, já teremos dado um grande passo em nossa libertação e na libertação dos outros.
Mas é preciso que tenhamos muito mais força de vontade de criarmos de verdade essa libertação geral. Precisaremos ser perseverantes e estarmos preparados para as reações que esse processo gerará, tanto em nós, quanto nos outros. Somos todos dependentes uns dos outros, não somente nos relacionamentos mais íntimos e familiares, mas até mesmo nas interações sociais mais superficiais; estamos sempre criando e recriando esses mesmos contextos, em níveis mais superficiais, porém, igualmente destrutivos para todos.
Enfim, a vida é um grande jogo e essa é a grande dinâmica de todos os jogos, de todos os egos. Tornamo-nos exímios jogadores-ego e só começamos a buscar mudança real em nossa vida, quando esses jogos começam a nos trazer um sofrimento potencializado. Antes, jogávamos e criávamos anestesias e outros vícios para não sentirmos o sofrimento que esses "jogos mortais" sempre nos causaram. Mas quando nossa alma determina que é momento de dar início ao fim dos jogos do ego, ela mesma, apesar de estar limitada em sua expressão, com seu poder magnético, começa a determinar os eventos internos e externos, para que os jogos do ego, que antes suportávamos e até apreciávamos, comecem a nos incomodar até o ponto de nos fazer sofrer intensamente. Infelizmente, é somente quando o sofrimento se torna insuportável é que o ego toma a atitude de buscar recursos para se livrar do sofrimento. Reforço que ele só quer se livrar do sofrimento, ele não quer mudar os jogos, ele quer ferramentas que o ajudem a aprimorar suas jogadas, quer inventar novas jogadas e busca recursos para esse fim. Mas quando essa dor se torna lancinante e insuportável, o ego se vê diante de uma nova situação: por mais que manipule, não consegue mais se aliviar de suas dores. Ele finalmente entende que tem que sair do poder, deixar de ser o jogador, para se tornar apenas um ajudante da alma. Esta sim é a verdadeira e sábia jogadora. A alma, quando assume o poder em nossa vida, inicia um novo tempo, um tempo de jogos divinos e sábios, quando somos jogadores-alma, as jogadas são saudáveis e sempre existe em nós a intenção de que nossas novas jogadas sejam curativas para todos.
Quando a alma assume o lugar de comando em nossa vida - mesmo que ainda limitadamente no início -, a primeira coisa que ela faz é nos guiar para mais profundamente dentro de nós, para um caminho de autoconhecimento profundo, mas com a sabedoria de aprendermos a nos apreciar e a nos aceitar, incondicionalmente. Começamos a descobrir o quão saudável e maravilhoso é estarmos em nossa Presença, o quão divino é aprender a gostar de quem realmente somos, a gostar de nossa humanidade, para finalmente podermos conhecer, apreciar e aceitar a nossa Divindade. Sentimo-nos divinos em nós mesmos, sem precisarmos dos velhos jogos manipulativos e sem precisarmos da presença do outro para nos sentirmos falsamente seguros e amados. É tão poderoso esse amor que desenvolvemos por nós, que isso nos basta. E isso, naturalmente, nos leva a não precisarmos mais dos outros, a não precisarmos mais estar aprisionados em cativeiros, e muito menos precisarmos aprisionar os outros para termos a falsa garantia de sua presença em nossa vida.
Se queremos que alguém fique de verdade em nossa vida, além de não termos mais a necessidade da presença do outro, precisamos libertá-lo verdadeiramente. O outro, quando livre de nossas garras, ficará conosco se sentir conforto dentro disso. Se estamos voltados para dentro de nós, em nossa sublime Presença, nos tornamos muito agradáveis, não somos pegajosos, nem controladores. Somos apenas NÓS. O outro poderá se agradar disso e querer interagir mais prazerosamente conosco ou, apesar de sentir que somos mais agradáveis, ele poderá querer partir para longe de nós. É claro que sentiremos certa dor por sua partida, mas continuaremos inteiros e tranquilos, pois não precisamos mais de ninguém para nos sentir bem.
O primeiro passo fundamental neste processo é desejarmos ser verdadeiramente livres e plenamente estabelecidos em nossa Presença Divina. Mas isto requer coragem e aceitação do medo que sentimos quando desejamos isso. Com esta intenção e o esforço consciente em buscarmos recursos para que isso possa acontecer em nossa vida, a sincronicidade trará os sinais e os recursos de que necessitaremos. Mas é preciso disciplina, coragem e determinação, além de um profundo comprometimento e plena auto-responsabilidade.
Todos os seres humanos vêm capacitados para tal desenvolvimento. Mas ressalto que o fato de aprendermos a viver em nossa Presença e felizes em nossa solitude, não significa que não continuaremos a prosseguir em nossos processos de libertação e desenvolvimento. Não nos tornamos "perfeitos" e livres de todas as condições humanas gerais. Continuaremos a jogar o jogo da vida com o ego, que disputará o poder contra a alma, enquanto vamos nos conscientizando dos jogos, para que nossa alma venha a corrigir as jogadas e assumir o poder, aos poucos, para se tornar a única jogadora.
Sugiro que tomem cuidado com as armadilhas do ego, de fazer com que entendam distorcidamente tudo o que escrevi. Desejem entender com o coração. Não estou dizendo que viveremos no paraíso, mas sim, de uma forma diferente e muito mais prazerosa. Mas isto está apenascomeçando, oscilaremos muito... São os primeiros passos para a Nova Era que ainda está se desenvolvendo.

Charlie Brown Jr. - Uma criança com seu Olhar (acústico)

Quem não ouve a melodia acha maluco quem dança... Oswaldo Montenegro

Aulas de dança--------    marquinhosecamila@gmail.com

A beleza do novo.

A alegria mantém uma espécie de amanhecer em nossa mente e a enche de serenidade firme e perpétua.

 

Prove para sí mesmo!

Um sentido para a vida por Teresa Cristina Pascotto

Um sentido para a vida

Enquanto somos prisioneiros do ego, nossa vida não faz sentido. Por conta disso, o ego tenta desesperadamente encontrar um sentido para que possa se sentir mais pleno e satisfeito. Esse sentido da vida que o ego tanto busca ele nunca encontrará, pois o único sentido real é o que a Alma traz consigo. Somente estando aberto e entregue às forças da alma é que podemos começar a encontrar um real sentido para a nossa vida.
Mas o ego não nos dá trégua e vive encontrando meios de nos fazer querer algo, fazendo de conta que esse algo é o sentido que tanto almejamos. Durante toda a nossa vida, dentro deste padrão de comportamento, acabamos sempre elegendo "um algo" para querer e vivemos obsessões profundas na intenção de valorizar esse algo que se torna nosso objeto de desejo mais intenso. Esse "querer" sem nunca de verdade "ter", passa a ser o sentido do ego e ele acredita mesmo que quando alcançar este algo valioso, ele também encontrará o sentido para a nossa vida. Como isto se torna um circulo vicioso, porque o ego só quer se movimentar, só quer que a nossa vida tenha algum rumo (como no exemplo da "cenoura pendurada à frente do burro"), cria em nós um comportamento obsessivo-compulsivo - para alguns, é somente um comportamento, mas para outros, em estado mais grave, isto se torna uma patologia, o TOC -, onde passamos a vida acreditando que: quando finalmente conseguirmos resolver e realizar nossos intentos, então poderemos descansar e relaxar, pois teremos alcançado nosso sonho mais profundo. Mentira. O ego é ignorante e se acha o senhor da verdade.
Um exemplo: quando algumas pessoas são obcecadas pelo desejo de serem reconhecidas, elas acreditam que quando finalmente forem reconhecidas e validadas pelo mundo, então, serão felizes e sua vida fará sentido. Elas vivem um comportamento obsessivo-compulsivo, em que a obsessão pelo reconhecimento e o tormento por nunca se sentirem reconhecidas, faz com que busquem um alívio para as intensas aflições que isso lhes causa e partem para as compulsões na (falsa) tentativa de encontrarem um meio de serem reconhecidas. Como esta necessidade de reconhecimento é do ego e não da alma, é claro que o ego nunca se sentirá reconhecido, pois quando alguém faz algo "para" alcançar o reconhecimento, não existe aí a pureza da alma que simplesmente faz o que deve ser feito, sem se importar com o julgamento e o reconhecimento. Quando a intensão é dissimulada, obviamente o ego nunca será reconhecido, pois está manipulando estratégias, energias e o outro -psiquicamente- e isso nunca trará o resultado que ele deseja, pois quando o outro se sente manipulado, mesmo que inconscientemente, este reage de forma contrária à necessidade do ego. Portanto, se o ego manipula para ser reconhecido, o outro reagirá não o reconhecendo e, para horror do ego, também o desprezará e o julgará de forma negativa.
Como o ego nos aprisiona no comportamento obsessivo-compulsivo, a busca incessante pelo reconhecimento, acaba se tornando uma "droga" à qual o ego fica viciado. Se ele conseguir finalmente o tal reconhecimento do jeito que ele deseja, isso significará que terá acabado com esse circulo vicioso e não terá mais o "prazer da droga". Assim, como todo viciado, ele não quer abrir mão dos "benefícios" da droga. Ele sofre com as reações destrutivas das "toxinas dessa droga" (este é um comportamento tóxico), mas ainda assim não consegue abandonar seu vício. Para sobreviver a isso, ele nos anestesia para que nunca venhamos a perceber esse mecanismo suicida - claro, não nos sentimos de verdade vivos quando estamos presos dentro disso - e faz com que acreditemos que estamos buscando um sentido para nossa vida e continua nos motivando a nos movermos nesta busca frenética e sem fim.
Se desejamos nos curar de verdade, encontrando um sentido para nossa vida, teremos que mergulhar profundamente dentro de nós, para encontrarmos essa realidade dentro da qual estamos aprisionados. Somente reconhecendo esse mecanismo em nós é que vamos perceber que o que tanto desejamos nunca acontecerá e que, na verdade, não queremos que aconteça. Para a alma, não precisamos disso.
Com humildade e coragem, precisaremos ACEITAR que é "isso o que está acontecendo dentro de nós", para que então relaxemos e nos entreguemos à nossa alma, pedindo a ela, gentilmente, que nos conduza à cura. Mesmo que a alma esteja aprisionada pelo ego e mesmo que ela esteja muito enfraquecida, ainda assim ela é nossa essência e nunca morre, portanto, quando nos voltamos para ela e nos entregamos aos seus cuidados, ela nos indica os caminhos para nossa cura. Esta comunicação com a alma não acontecerá através de orientações óbvias, mas sim, através da intuição.
O primeiro sentido para nossa vida passará a ser, de verdade, a busca pela nossa cura. Quando assumimos a responsabilidade de nossa cura, com este nível de consciência e quando isto toca nosso coração, trazendo uma profunda autocompaixão, com certeza isto se torna um sentido real e profundo. Será por nós e não pelos outros ou para os outros. Será porque aprenderemos a nos apreciar e a nos aceitar de verdade e isto muda tudo, muda todo o sentido que falsamente tínhamos a respeito de nossa vida. Este é um novo rumo, com novas diretrizes. Teremos condições de nos conduzirmos à cura de nosso comportamento obsessivo-compulsivo que, no caso do exemplo, será, num primeiro momento, tomarmos consciência de que NÃO precisamos do reconhecimento e da validação através dos outros, pois se isso fosse alcançado, ainda assim, não nos satisfaria, porque jamais o reconhecimento externo significará "eu te amo e eu te aceito", se houver algum reconhecimento através do outro, apenas siginificará que o outro valida nossa Presença. O ego acredita que quando o outro nos valida isso quer dizer que nos inclui e, como isso não é verdade, o ego sente sempre que não pertence, que não é bem-vindo e que não é adequado, isso faz com que ele queira forçar (explicita ou dissimuladamente) aos outros a nossa presença.
Portanto, devemos nos trabalhar para conseguirmos abrir mão da necessidade de reconhecimento e isto só é possível quando atingimos este nível de compreensão e consciência, pois o entendimento superficial desta verdade é só o começo deste longo e profundo caminho do autorresgate de nossa verdade mais profunda que, naturalmente, faz com que resgatemos nossa alma. Quando atingimos este nível, nossa vida ganha um novo sentido, tudo faz sentido; na verdade, nossa existência, a Vida como um Todo, começa a fazer mais sentido para nós.
Antes de se preocupar em "como eu vou fazer isso?", apenas leia este texto e depois medite com a intenção de alcançar a compreensão elevada de tudo isto. Sua alma o guiará amorosamente a um nível de sabedoria e discernimento. Deseje meditar com desprendimento e sem a necessidade de saber racionalmente e de urgência. Lembre-se, consciência é cura em movimento.

Já tentou joje?

 
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